Uma das grandes novidades do VMM 2012 é sua capacidade de trabalhar com storages automaticamente, configuração de redes envolvendo equipamentos e endereçamentos e os modelos de serviços completos para agilizar e automatizar a criação de ambientes hosting.
Table of Contents Gerenciamento de Storages Protoloco API SMI-SAutomação de Rede Criando as Redes (Logical Network)Definindo os MAC AddressNetwork Load BalancersServiços (Service Templates) Instanciando um ServiçoDefinição de Perfis (Profiles) Perfil de AplicaçõesPerfil de Capacidade do HypervisorPerfil para Sistema Operacional das VMsPerfil de Hardware das VMsPerfil de Host por ServidorPerfil de SQL ServerConclusão e Referências Referencias:
O VMM permite que o administrador trabalhe com os storages integrados ao ambiente, permitindo classificar estes pela velocidade ou outro critério, administrar e verificar as LUNs (unidades lógicas) e medir performance e espaço disponível de forma integrada.
O primeiro passo é criar as classificações que serão utilizadas para no momento de criar uma VM ou instanciar um serviço escolher onde ficarão os dados:
Após criar as classificações o próximo passo é identificar os storage arrays por utilizar o IP de gerenciamento (iSCSI Portal):
Porem, é importante saber alguns conceitos e requisitos.
Uma nova funcionalidade que está sendo discutida com os fabricantes de storages é a criação de um protocolo de comunicação muito similar ao SNMP mas que permita detalhes das especificações de um storage, chamado de Storage Management Initiative Specification (SMI-S).
Este protocolo é um API baseada nos modelos CIM/WBEM, que muitos já conhecem por ser também a especificação básica do WMI presente nos sistemas operacionais Windows. Utilizar este procolo não é tão simples, e é necessário ter um CIMOM que nada mais é que um proxy para “traduzir” as APIs nativas do storage para o protocolo SMI-S.
Porém, os fabricantes de storages já tem estes padrões bem estabelecidos e com upgrades de firmware podem incluir o CIMOM, um deles é o OpenPegasus, no storage já existente.
Agora entra em cena o VMM 2012 que possui a interface de comunicação SMI-S para se comunicar com os storages e obter informações, e com base nestas pode classificar os storages conforme a sua performance, como a tabela abaixo retirada do TechNet (referencia ao final do documento):
Agora podemos colocar em prática esta funcionalidade por criar arrays de storage e vincular aos hosts.
Imagine que em sua empresa haja storages com disco SAS e SATA, onde a classificação automática é SILVER e BRONZE respectivamente e tanto o grupo de servidores quanto uma VM pode ter especificado não a LUN, mas sim a classificação.
Essa automação inclui a criação das LUNs, ou seja, não será mais necessário ter conhecimento do software do fabricante para criar as LUNs individualmente já que a API SMI-S implementa os comandos necessário para gerenciar.
Este funcionalidade do VMM 2012 faz a configuração de Network Load Balancers compatíveis com o padrão e drivers do VMM 2012, bem como fornece configurações de IP para as máquinas virtuais.
Na configuração de redes, o recurso é muito interessante por permitir que ao criar um grupo de maquinas virtuais estas recebam o IP e os dados necessários para a conexão. Adiantando o tópico sobre serviços, podemos imaginar um ambiente web formado por um servidor com IIS e outro com SQL Server, ambos precisando de IP fixo. Nos serviços indicamos todos os dados necessários para os dois servidores entrarem imediatamente em produção e a rede (IP e MAC Address) que serão atribuídos, permitindo a subida imediata do serviço.
O primeiro passo é definir um nome e uma descrição, que normalmente é utilizada para identificar o propósito dos IPs definidos:
Na definição da rede é definido a rede baseada em CIDR e o vinculo com o grupo de hosts. Note que em uma rede lógico podemos colocar diversos ranges de IP, no exemplo “Rede Local_0”:
Com a rede criada, definimos o range de IPs e as configurações deste range que serão utilizadas, como pode ser visto na sequencia abaixo:
A definição da rede é necessária para validar os ranges de IP que serão inseridos:
A definição seguinte indicamos a subnet dentro da rede lógica e também o número (ID) da VLAN caso esta sede deva ser segregada no Virtual Switch do Hyper-V:
Inserimos os range de IPs, bem como também os reservados como no DHCP:
A próxima definição são os IPs dos Gateways e DNSs da rede definida:
Com estes passos já temos a rede lógica que será a frente atribuída ao serviço com IPs, gateways e DNSs, pronta para ser utilizada na automação da criação das VMs.
Os MAC Address também podem agora ser automatizados, principalmente em casos em que DMZs são definidas por filtros de MAC.
A criação é muito simples, como mostra a tela abaixo com os MAC’s criados:
O VMM 2012 tem a capacidade de manipular HNLBs (Hardware Network Load Balance) certificados (http://technet.microsoft.com/en-us/library/gg610639), além de implementar o Microsoft NLB. Para isso é necessário ter os drivers que são fornecidos pelo fabricante do HNLB. Com isso o driver já irá estar inserido na lista abaixo, indicando que é possível administrá-lo:
Ao criar os VIP Templates (Virtual IP) indicamos a porta que terá o serviço, por exemplo, porta 443 para um web farm:
Na sequencia escolhemos qual será o NLB utilizado para este serviço:
E, finalmente se o protocolo será baseado em TCP, UDP ou ambos e na ultima tela (persistência) qual nível de afinidade será necessário para este tipo de aplicação:
Com estes itens adicionais fica claro a ligação entre rede lógica e NLB, onde ao criar o serviço será adicionado o IP, a Porta e as configurações diretamente no NLB criando um farm de servidores totalmente automatizado.
Os serviços são um modelo de implementação que permite ao administrador criar um conjunto de servidores com as roles e features do Windows 2008 R2 já pré-definidas além do SQL Server que será utilizado.
Sendo assim, podemos criar um modelo como o abaixo:
Neste exemplo temos duas VMs que serão configuradas, uma com IIS e a outra com SQL Server com uma placa de rede em cada uma conectada a rede local criada anteriormente no tópico de redes logicas, fornecendo assim o IP, MAC Address e até NLB se for necessário para o serviço.
Para cada VM fazemos a configuração das suas funções separadamente. A primeira propriedade é definir os dados do hardware da VM:
A seguir configuramos os papeis (roles) do Windows que serão habilitados na VM, o que é uma automação do que fazemos no Server Manager logo após instalar uma VM:
Assim como as roles, identificamos as features (recursos) que esta VM irá ter:
Ainda nas configurações do sistema operacional da VM podemos indicar os dados de ativação, nome, usuário e senha, etc. No que no exemplo abaixo o nome do computador está com asterisco “*” pois o nome da VM é indicado no momento em que instanciamos o serviço, já que a cada criação do conjunto as VMs precisarão ter um nome específico:
Na sequencia podemos indicar serviço e aplicações que serão instaladas na VM baseados nos profiles que iremos abordar no tópico a frente. Este item é interessante para já instalar o pacote da aplicação do cliente quando esta já estiver disponível, como por exemplo, um sistema de comércio eletrônico ou outro:
O ultimo passo é definir a cota, ou “preço” de cada VM, assim é definido as cotas totais como pode ser visto no artigo System Center App Controller e VMM 2012 instalação, configuração e administração no tópico sobre o Self-Portal:
Para criar o conjunto de VMs para o serviço, basta clicar sobre ele e usar a opção “Publish” definindo em qual nuvem será criado o conjunto das VMs:
Logo após será aberta a tela de configuração dos dados específicos das instâncias (locais onde ficaram asteriscos “*”), como o exemplo abaixo retirado do System Center App Controller:
Para mais detalhes de como instanciar e as telas seguintes, veja o artigo de System Center App Controller.
Os perfis são utilizados em vários momentos na criação dos modelos de serviço acima para indicar o hardware, aplicações, capacidade, etc.
Este perfil indica as aplicações que poderão ser instaladas em um serviço, que em geral trata-se de um MSI.
O primeiro passo é indicar para quais sistemas operacionais este aplicativo poderá ser instalado, ou é compatível:
Na sequencia inserimos as aplicações, podendo ser a instalação do SQL Server, um site do IIS ou um script onde colocamos a chamada de um instalador externo:
Este perfil já vem configurado para Hyper-V, ESX e XenServer, indicando qual o numero máximo de CPUs, memória, tamanho de VD’s, servindo para limitar dentro do que cada hypervisor tem como limite de configuração para as VMs:
Este perfil facilita as configurações das VMs na criação do serviço, com a chave de instalação, domínio, usuário e senha padrão e outras configurações:
Esta configuração permitirá criar o modelo para as VMs, como memória, tamanho do disco, controladoras, etc:
Este perfil indica qual o VHD que será utilizado na criação das VMs. Normalmente é utilizado o mesmo VHD do template de VMs criados na Library, como já existia no VMM 2008 R2. Esta é uma imagem de Windows Server 2008 R2 com SysPrep que será aplicada no VHD para gerar o SO. Para criar esta imagem pode ser utilizado o ImageX disponível no pacote WAIK (Windows Automated Installation Toolkit):
Este perfil configura os dados de instância de SQL Server quando este for incluído em um modelo de serviços, com os dados de contas, segurança, chaves de instalação e outras configurações próprias do SQL Server 2008:
Neste artigo vimos como os recursos de automação do VMM 2012 o transformam não apenas em um gerenciador de VMs, mas um administrador de Datacenter completo.
Microsoft TechNet Library – System Center Virtual Machine 2012 http://technet.microsoft.com/en-us/library/gg610610
Gerenciamento de Storage com o VMM 2012 http://technet.microsoft.com/en-us/library/gg610600.aspx
Criando Serviços no VMM 2012 http://technet.microsoft.com/en-us/library/gg675074
MVA System Center Virtual Machine 2012 (em portugês) https://www.microsoftvirtualacademy.com/tracks/introdu-o-ao-system-center-virtual-machine-manager-2012
Marcelo Sincic - MVP edited Original. Comment: Adicionado o TOC
Marcelo Sincic - MVP edited Revision 1. Comment: Adicionado o link para o artigo do AppController